Weverse Magazine: YEONJUN em entrevista de comeback do "The Name Chapter: TEMPTATION"
- Central TXT Brasil
- 6 de fev. de 2023
- 9 min de leitura
Confira a tradução:
YEONJUN: “Eu nunca quero esquecer que não posso tomar nada como garantido”
Entrevista de comeback do “The Name Chapter: TEMPTATION" do TOMORROW X TOGETHER
Tudo, todo lugar é cheio de paixão. É alegre. Amigável. Esse é o mundo do Yeonjun.

Você comprou um livro de poesia para um amigo secreto que você fez com os outros membros na Live de Natal do Weverse.
YJ: Eu não leio muito, mas eu fiquei inspirado depois de ver algumas frases e poemas bons nas mídias sociais. E eu pensei que seria bom mostrar eles pra pessoas ao meu redor que estão passando por um momento difícil. Eu acho que eu sou bom brincando com as palavras quando escrevo letras, mas não sou tão bom incorporando minhas emoções, então eu pensei que livros de poesia pudessem ajudar.
A letra que você escreveu para a música “Farewell, Neverland”, do último álbum, é sentimental.
YJ: E ainda assim não foi particularmente difícil. Eu sempre assisto muitos filmes e tenho uma boa imaginação. Meu MBTI é N, afinal (risos). Eu tenho uma imaginação rica desde quando eu era jovem, então eu costumava me imaginar como um personagem de filme e agir como tal. Eu escrevi a letra de “Farewell, Neverland” me imaginando sendo um dos meninos que quer brincar com o Peter Pan. Eles não querem crescer, mas eles não têm outra escolha a não ser sair da Terra do Nunca se eles quiserem continuar se desenvolvendo e seguindo adiante. Eu escrevi com a perspectiva de resistir à tentação do Peter Pan.
Reciprocamente, a música título “Sugar Rush Ride” e a música “Devil by the window” exploram o como a tentação e como ceder a ela parecem. Eu diria que você tentou gravar com um estilo de voz que você nunca usou antes.
YJ: Sabe, se você está tentando alguém, você não diz (de forma seca): “Vem aqui”. Você tem que dizer com uma voz manhosa e sexy (risos). Então eu fui além em algumas partes, abandonando o meu ‘eu’ normal e entrando no papel do demônio, e em outras partes eu realmente exagerei meus vocais e tentei fazer expressões o mais forte possível.

Como foi escrever a letra pra “Happy Fools (feat. Coi leray)? Eu tive curiosidade de ver se teria um momento que você cede à tentação, vendo que vocês geralmente se esforçam tanto.
YJ: Eu realmente simpatizo com a ideia de querer se divertir mais, então eu mantive isso em mente enquanto escrevia a letra. Mas, para ser sincero, mesmo quando eu passo por momentos difíceis, o pior que acontece é eu não conseguir me concentrar tão bem ou praticar um pouco menos. Eu nunca desisti completamente de algo.
Então você está dizendo que você sempre fez tudo que tinha que fazer (risos). Você nunca quis ‘jogar tudo para o ar’, mesmo que só ocasionalmente?
YJ: Mesmo se eu pensar sobre isso, eu não acho que eu conseguiria fazer. Já é um hábito tão inerente meu e só o jeito como eu trabalho.
E se você magicamente tivesse um dia aonde você pode viver a vida como você quiser – um dia em que você não vai ficar cansado pra amanhã, não importa o que você faça, e não vai afetar todos os esforços que você já fez até agora?
YJ: (Risos) Eu poderia ter isso? (Depois de pensar um pouco) Eu provavelmente só faria algo divertido, eu acho? Sair com amigos, ir para algum lugar legal para ouvir música. Mas isso não é algo que eu absolutamente desejo, também.
Por quê?
YJ: Eu sou tão ambicioso e motivado que isso balanceia qualquer inconveniência. Esse trabalho é meu orgulho e alegria. Eu sou bem fácil de lidar, mas eu também tenho muita dignidade (risos). Eu quero continuar sentindo orgulho quando o assunto é trabalho.
É interessante ver as suas fotos nesse sentido. Você geralmente almeja a perfeição, mesmo sob pressão, mas você parece tão natural quando tiram fotos suas – como se você nem notasse que alguém está olhando.
YJ: Eu sempre gosto dos ensaios fotográficos. O ensaio de hoje pra Weverse Magazine não foi uma exceção. Eu sinto pressão o suficiente no dia a dia, então eu tento ter alguma confiança quando estou fazendo fotos. E enfim, é o que é. É como atores que realmente tentam virar outra pessoa, ao invés de só ler as falas do roteiro. É da mesma forma comigo: Quando estou fazendo um ensaio ou uma apresentação, eu não estou só fazendo expressões faciais e fazendo poses atraentes – Eu normalmente estou tentando virar o tipo de pessoas que cabe na atmosfera requisitada.

Isso ajudou a tornar memorável a versão Daydream das fotos conceituais do novo álbum. Mostrar o peito e as costas nuas pode ter sido difícil, mas você fez parecer fácil, e você colocou a língua para fora de uma forma única.
YJ: Por mim tudo bem mostrar um pouco de pele. Eu acho que tudo, desde o cenário, as roupas e maquiagem foram perfeitamente orquestrados para criar a atmosfera. Eu acho que eles realmente ajudaram a vender uma ideia específica de sonho para versão Daydream. Mas eu me preocupei que tirar a minha roupa pudesse parecer que eu estava sensualizando muito. Na forma que eu vejo, nunca foi para ser isso. Devia ser bem claro pela forma que eu estou colocando a língua parra fora, mas era pra ser brincalhão. Misterioso, mas brincalhão. Então eu tentei mostrar uma mistura de sentimentos.
Você se moldou à atmosfera dos shows durante a turnê do ano passado, ACT : LOVESICK, e no Lollapalooza. Você realmente não conseguia disfarçar a sua empolgação sobre a atmosfera de festival do Lollapalooza.
YJ: Você tem razão. Foi um momento valioso para refletir no porquê de eu fazer esse trabalho. Eu comecei a fazer isso por causa do quanto eu amo o palco.
Existe alguma área que você queira explorar mais? Em uma entrevista anterior pra Weverse Magazine, você disse que queria tentar escrever letras mais intensas, e você disse em um vlog que você gravou enquanto estava nos Estados Unidos que você usou toda a sua energia no palco do Lollapalooza e até disse: “Isso que é uma apresentação”.
YJ: Nós não conseguimos fazer tudo o que queremos no nosso dia a dia. Existem tantas restrições. Mas quando o assunto é o palco, eu posso fazer tudo que eu quiser. Então eu acho que eu quero fazer o que eu quiser ao máximo, não importa o que as pessoas digam. Isso é verdade para música, apresentações e ensaios fotográficos, também.
Então você deve ter ficado bem energizado interagindo com MOAs de tantos países.
YJ: Significa muito (para mim) porque eu sou o tipo de pessoa que quer experienciar tudo. Eu fiquei especialmente impressionado pelo quanto a atmosfera e energia mudam de cidade para cidade. Eu fiquei impressionado pelo quanto eles eram calmos e focados no show em si no Japão, e depois do Sudeste da Ásia eles cantavam junto com a música com muita paixão e estavam pulando para cima e para baixo. Nos EUA eles cantaram e dançaram na nossa frente da forma que eles queriam, sem se sentirem intimidados. Depois do Lollapalooza, eu realmente pensei que eu quero ser uma imensa estrela do rock (risos). Então eu tentei escrever músicas que todos pudessem dançar e se divertir, e só aproveitar.

Você continuamente contribui para a melodia e letras das músicas nos seus álbuns. Podemos esperar para ouvir algumas músicas que são sobre as suas histórias pessoais?
YJ: Eu ainda quero trabalhar nisso um pouco mais antes que revelar qualquer coisa para o MOA. Eu sou o tipo de pessoa que não consegue se mostrar se eu não estiver confiante ou se eu não estiver completamente pronto (risos).
Você é bem perfeccionista (risos). Devido à natureza do seu trabalho, no entanto, você sempre tem que ter algo para mostrar em um momento específico. Como você lida com isso? Eu estou especialmente pensando em como você tem que fazer diferentes papéis, como quando você apresentou “Lonely Boy (The tatoo on my ring finger)” no MAMA 2022 ano passado e nos covers de dança que você fez no SBS Gayo Daejeon 2022.
YJ: Na minha opinião pessoal, nenhuma dessas apresentações foram perfeitas. Eu só tentei fazer apresentações que se aproximavam ao máximo da perfeição. Eu só pratiquei o máximo que eu pude até o tempo acabar. Eu não quis ficar ansioso logo antes de subir no palco e me preocupar se eu conseguiria ou não fazer um bom trabalho. No final, eu dei o meu melhor e fiz sem cometer erros (risos).
É surpreendente que alguém com uma presença de palco tão forte se cobre tanto. Você atrai muita atenção, também: Você ganhou o apelido de It Boy da 4ª geração e agora tem mais de 12 milhões de seguidores no Instagram.
YJ: Eu me amo e tenho uma autoestima alta, mas apesar disso, eu nunca me senti satisfeito comigo mesmo. Eu sempre acho algo que eu poderia estar fazendo melhor. Além do título que você mencionou, eu treinei para esse trabalho tempo o suficiente para sentir que eu sempre preciso estar melhorando.

Isso me faz pensar na letra de “Tinnitus (Wanna be a rock)”, a qual você ajudou a escrever. Você às vezes sente que você é “só uma pedra” depois de passar tanto tempo pensando e se esforçando?
YJ: Eu tenho certeza de que todo artista sente isso em algum momento. Como um artista, eu estou sempre seguindo um sonho grande quando eu trabalho, mas às vezes quando eu me vejo, eu sinto que eu não sou bom o bastante e me sinto inútil – como se eu não fosse nada. Era nisso que eu estava pensando quando escrevi essa letra.
Então você está sempre almejando as alturas.
YJ: Eu quero ser uma referência e conseguir ser uma boa influência para as pessoas. Meu amigo me disse uma história muito boa ontem. Aparentemente, um amigo do meu amigo é meu fã. Quando aquele MOA viu que eu escrevi “Se dedique nos estudos” quando eu autografei o CD dele, isso foi o bastante para superar o bullying, estudar bastante e entrar no programa da universidade que esse amigo queria. Eu só escrevi uma mensagem curta. Quando eu ouvi isso, eu pensei que eu estou num lugar agora onde eu consigo mudar a vida das pessoas. O que nesse trabalho poderia ser mais gratificante que isso?
Você não tem preconceitos e respeita todos por quem eles são. Por exemplo, você usou uma saia e fez um post dizendo que meninos podem usar saias também, e quando você viu chá gelado com uma dose de café expresso pela primeira vez e confirmou que a pessoa tinha pedido assim de propósito, você respondeu com: “Ok então, sem problemas”.
YJ: Eu tento não ter preconceitos. Eu caí em alguma noções preestabelecidas no passado, mas o mundo continua mudando e ainda tem muito que precisa mudar. Então eu olhei para mim mesmo com cuidado, não gostei muito do que vi e pensei que seria melhor não me deixar ter esses pensamentos.
Você está sempre completamente consciente do que está acontecendo ao seu redor? Eu me lembro de uma live no Weverse em que o Huening Kai estava com vergonha da câmera porque o cabelo dele estava bagunçado, mas os MOAs realmente queriam ver ele e você resolveu aquela situação suavemente.
YJ: Eu tento, mas eu não sei se eu estou fazendo um trabalho muito bom (risos). Eu tento pelo menos organizar os meus pensamentos por ordem de prioridade. Eu começo falando sobre o que precisa de atenção imediata e espero um pouco para falar sobre outras coisas quando tenho a oportunidade. Eu também levo em consideração o estilo de cada membro. Eles são todos bem diferentes (risos). Eu senti muita pressão no ano passado pra sincronizar nós todos e praticar muito quando tínhamos que fazer várias apresentações em um curto prazo de tempo, porque eu costumo ser ambicioso sobre querer fazer um bom trabalho. Mas leva um tempo para todo mundo ficar na mesma página e é assim que é. Então eu falei sobre os problemas mais urgentes primeiro e esperei até a próxima vez para falar sobre outras partes e nós nos alinhamos dessa forma.

Eu imagino que ter passado tanto tempo juntos durante a turnê mundial tenha sido um grande ponto da virada para o grupo também.
YJ: Nós definitivamente tivemos mais chances para conversar. As coisas sempre foram boas entre nós, mas nós melhoramos em sermos mais abertos uns com os outros, ainda mais do que antes. Eu acho que pode ser mais difícil de se abrir com alguém quanto mais tempo vocês passam juntos e mais próximos vocês são. Eu tentei ser mais aberto, também, e nós todos tentamos muito nas coisas que achamos que eram importantes e necessárias. Foi assim que melhoramos.
Em uma entrevista pra GQ ano passado, você disse: “Nós temos que nos esforçar mais para que sejamos extremamente bons”. Essa parece ser a sua atitude padrão com relação aos outros membros e aos MOAs.
YJ: Eu acho que você sempre pode melhorar, não importa quão bom você já seja. Eu sei que eu tenho minhas fraquezas, mas eu sempre consigo melhorar apesar disso. Eu penso, que se você tem os seus pensamentos eu um padrão específico, acabou para você. E eu sempre seria Yeonjun do TOMORROW X TOGETHER antes de ser só Yeonjun. Eu não conseguiria ter feito nada das coisas que me trouxeram até onde eu estou hoje sozinho. A empresa ajudou, e porque eu tenho os outros membros e o MOA comigo, nós todos conseguimos brilhar vividamente.
É por isso que você sempre mostra para as pessoas o quanto você é grato? Você compartilhou as mensagens carinhosas que você escreveu para a equipe com quem você trabalha no Weverse e até comprou comida para os MCs Jjuniejjun e o restante da equipe do SBS Inkigayo.
YJ: Eu acho que é muito importante ser grato. Eu realmente odeio quando eu levo as coisas levianamente. Eu acho que eu vou falhar tanto como pessoa quanto como artista no momento que eu começar a tratar os outros levianamente. Nós vamos receber mais e mais quanto mais nós crescermos, e eu nunca quero esquecer que eu não posso levar essas coisas à toa. Eu penso que eu preciso ser uma pessoa primeiro e depois um artista.
Pessoalmente, a letra de “Tinnitus (Wanna be a rock)” me fez pensar no filme Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo. Se você pudesse escolher uma versão de si mesmo do multiverso, qual Yeonjun você escolheria?
YJ: Eu? Eu só... Eu estou feliz com como as coisas são agora (risos). Eu espero ser um Yeonjun feliz. Se for bom, é bom (risos). Eu quero ser o Yeonjun que vive em um mundo onde todo mundo é feliz e vive sem problemas.
Eu me pergunto se esse Yeonjun feliz faz o mesmo trabalho que você.
YJ: Sim.

Você pode conferir a matéria original aqui.
Fonte: Weverse Magazine
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Nossa ele é tão realista e ao mesmo tempo tão grato, orgulho-me de ter dado fama a pessoa certa, as pessoas certas, creio eu que é impossível encontrar artistas tão gratos quanto o TXT, ver eles crescendo de forma tão unânime me faz pensar o quão rápido esse fandom cresceu, lembro-me de chorarmos horrores pelo fato dos meninos não serem reconhecido da forma correta. E hoje ou nesse exato momento podemos desfrutar do seu reconhecimento tanto no exterior quanto na Coreia.